sábado, 20 de outubro de 2012

Blogagem Coletiva - Esmaltes + Educação

Boa noite!

O tema proposto pela Fernanda Reali esta semana é beeeem complexo.

Educação é um tema muito abrangente.

Quando ouvimos essa palavra, a primeira coisa que nos vêm a cabeça é a educação escolar. Parece que a grande maioria das pessoas anda esquecendo que EDUCAÇÃO começa dentro de casa.

A base para tudo vem de casa. É em casa que aprendemos sobre ética, moral. É em casa que aprendemos a respeitar as outras pessoas. É em casa que desenvolvemos a inteligência emocional. Sem estes pré-requisitos, e tantos outros, qualquer tipo de aprendizado escolar torna-se de difícil desenvolvimento.

Sou professora da rede pública de ensino no estado de São Paulo. Tenho experiência própria e diversos exemplos de como anda a educação acadêmica no país.
Também tenho uma filha de 4 anos e meio, e tenho a experiência de ver o crescimento intelectual dela.

Como mãe, tenho prazeres indescritíveis ao ver como a cabecinha de minha filha evolui. Eu e meu marido nos dedicamos muito para apresentar muitas coisas diferentes para ela. Desde bebezinha, ela tem livrinhos e meu marido sempre brincou muito com ela de escola, juntar letrinhas etc. Pois aos 3 anos e meio minha filha começou a ler.
Ela também é instruída a se comportar na escola, a prestar atenção na tia, a ter respeito por todos que a cercam. Desde o ano passado ela traz lição de casa, e é sempre incentivada e acompanhada de perto na execução de suas tarefas, tratando como algo prazeroso.
Creio que estamos indo no caminho correto.

Um parênteses:
Já tinha escrito umas 20 linhas de como é minha vida na escola e apaguei tudo. Porque não sei se posso dizer num local público o que se passa na escola. Porque professores que fazem isso costumam ter retaliações. E apesar de estar bem desmotivada com minha profissão, não posso entrar em detalhes sobre a situação do nosso ensino público.

Apenas resumindo. Estou bem decepcionada com minha profissão. Porque de todos os grandes problemas que nós temos em sala de aula, o maior deles é a desmotivação por parte dos nossos alunos.
E quando os números e resultados são cobrados, os únicos que pagam o pato somos nós, os professores.

Eu me formei em Matemática na Unicamp. Foi um curso puxado, onde era difícil entrar, e mais ainda sair. Onde pouco se aprende com professor, e muito estudando sozinho. E daí vem toda a base para que possamos lecionar. Sou franca e sem modéstia quando digo que tenho bagagem para fazer isso.

E o que tenho pela frente é uma carreira desmotivante, onde todos querem que os professores sejam superheróis, que não falhem nunca e só dêem bons exemplos. Onde a família não se importa mais com o conteúdo do currículo e nos vê muito mais como babás. Onde as crianças permanecem na escola porque têm direito a bolsas oferecidas pelo governo onde a frequência é o que conta, e não o grau de aprendizado.

Não vejo solução para o nosso ensino público a curto prazo. É preciso muito investimento, mas muito mais importante que isso, é preciso muito reconhecimento na figura do professor. É preciso que se comece a valorizar a educação, a cultura, a aquisição do conhecimento, a evolução do ser humano.

Faço um convite a todos. Vá conhecer a escola pública perto de sua casa. Veja como anda de verdade a situação de nosso país. Precisamos de pessoas que acreditem na importância deste tema, para criar um movimento que tire todo o nosso povo do comodismo, do mais do mesmo.

O post foi confuso e peço desculpas.

O esmalte? Vou ficar devendo, porque minhas unhas ainda estão em tratamento, mas não poderia deixar de participar desta blogagem.

Sem figuras, para que nada desviasse a atenção do tema principal.

Um excelente domingo a todos!

4 comentários:

  1. Oi Alessandra, parabéns!!!!
    Há muito tempo eu não lia uma explanação tão perfeita, como essa que você fez sobre o ensino público.
    Espero que sirva de alerta a todos, que acham que a escola tem por obrigação dar aos seus filhos, o que eles devem aprender em casa.
    Os professores tem que ensinar a ler, escrever, interagir com as pessoas, e prepará-los para o futuro.
    Já a obrigação dos pais vai muito além disso, como formação de caráter, respeito ao próximo, humildade, educação.
    Concordo que todos os pais deveriam conhecer a escola dos seus filhos, e ter uma participação ativa, dentro da escola.
    Só assim eles poderiam ver o que realmente eles fazem com seus próprios filhos, quando passam a mão na cabeça escondendo os erros cometidos pelos mesmos.
    Essa é minha opinião.
    Bjs

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  2. Oi Alessandra, é realmente um tema abragente e complexo, mas a base de tudo vem de casa, da família e do exemplo.
    Adorei a sua participação mesmo sem o esmalte.
    beijos
    Chris
    http://inventandocomamamae.blogspot.com/

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  3. Olá Cris,
    contente por tantos post's no blog :)
    Quanto ao tema, parece que o ensino e o papel das famílias na educação passa por crise em todo o mundo.
    Sou professora de História de formação, estudei em Portugal e lá já se via o que aborda no post.
    Agora em Angola, dou aulas mas a estudantes universitários, não estando muito inteirada dos níveis inferiores, mas o que posso dizer é que os universitários chegam com imensas lacunas, com uma preguiça mental e acham que para conseguir boas notas não é necessário esforçar-se.
    Quem puxa é apelidado de mau ou exigente quando afinal só queremos o melhor.
    Há muito trabalho a ser feito...
    Beijinhos.

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  4. Minhas unhas tbm estão se tratandooo...sorte pra nós!!!
    Bj bonita

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